Sofia quer emagrecer e decidiu
que agora vai tentar cortar “tudo o que engorda”. De manhã, mesmo morrendo de
fome, não come nada afim de “economizar calorias” e também porque exagerou na
noite anterior. No meio da manhã, a fome começa a apertar um pouco mais. Ela
tira da bolsa uma barrinha de cereais, afinal disseram que é saudável. Hora do
almoço! Parece ter um alien dentro do estômago de Sofia. Ela costuma comer no
buffet por quilo, serve um grelhado (tem que ter proteína, né?) e uma salada,
que se resume a duas folhas de alface e algumas rodelas de tomate. E era isso.
Durante a tarde, hora do lanche! Ainda não teve fruta nesse dia, então bora
comer... uma mísera maçã! Chega o fim do dia e a coitada da Sofia está com dor
de cabeça e mau humor porque passou o dia apenas com um grelhado, uma salada e
uma maçã. Chegando em casa, ela quer comer até as paredes do apartamento e,
como também está cansada, resolve ligar para o delivery de comida, pede uma
pizza (“só hoje não tem problema”) e um refrigerante zero. Diz ela que vai
comer só duas fatias como jantar, mas a fome é tanta que acaba devorando a
pizza inteira. Sente-se culpada e o ciclo de restrição-exagero se repete no dia
seguinte.
Histórias como essa são bem
comuns por aí. Isso vai levar a algum lugar? Vai trazer algum resultado? Não! E
se trouxer, não vai ser duradouro, porque você tem duas opções: comer dessa forma
para o resto da vida (haja persistência e saúde!) ou reeducar seus hábitos. Se dieta restritiva funcionasse de forma efetiva por
que os números de sobrepeso e obesidade continuam crescendo? A base precisa ser
mudada, a relação com os alimentos! Aprender a comer com atenção, perceber
sinais de fome e saciedade, entender que o que prejudica o sucesso do seu
emagrecimento não é o pão francês e nem um prato de arroz com feijão, mas sim o
excesso de produtinhos congelados, diet e light, a falta de hábito de ir para a
cozinha e fazer a própria refeição e comer aquilo que a sua avó reconheceria
como comida!
A restrição calórica é sinalizada
em artigos científicos como necessária para o emagrecimento (bem como exercício
físico e sono adequado), não de forma severa e sim aliada à adequação da qualidade dos alimentos e ao
consumo de itens que proporcionem maior saciedade ao longo do dia! Claro que isso é só a pontinha do iceberg quando se fala em emagrecimento. Temos que levar em consideração aspectos genéticos, da microbiota intestinal, psicológicos, entre outros, para o manejo do sobrepeso e obesidade!
O nutricionista é o profissional que pode te acolher para ajudar nesse processo que não é fácil, mas é possível! Invista na sua saúde e bem-estar!
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