quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Receita: Chá da Casca do Abacaxi

Já devo ter falado que adoro chás! Como você pode ver nesse post aqui, eles podem auxiliar muito na nossa alimentação. Tem vários que adoro e um deles é o chá da casca do abacaxi, receitinha que você vai ver no blog hoje.

Esse chá é meio receitinha de avó, sabe? E tem vários benefícios, além de ser bem refrescante e gostoso! Acho bem legal ver que várias coisas que eram/são passadas pelas avós ou mães podem ser interessantes do ponto de vista nutricional.

Agora chega de papo e "bora" para a receita mais difícil do mundo? hahaha

Ingredientes:
- Casca de um abacaxi
- Água (aí eu usei 1,5 l)
- Pedaços de canela em pau, cravo ou gengibre (não utilizei desta vez)

Modo de Preparo:

Após descascar o abacaxi, colocar a água com as cascas em uma panela e levar ao fogo. Deixar até ferver. Depois é só coar. Não é necessário adoçar!

Dá para beber gelado ou quente. Nos dias de calor, geladinho é tudo de bom! Uma dica é colocar folhas de hortelã junto ao chá, em uma jarra ou garrafa. Pensa num chá refrescante!

Quais benefícios eu tenho ao beber esse chá, nutri? O abacaxi é uma fruta rica em vitamina C, o que ajuda a fortalecer a nossa imunidade, faz bem para a pele, pois a vitamina é antioxidante e ainda é essencial para a produção de colágeno (responsável pelo tônus e firmeza da pele, dentre outras funções, assim como a elastina), etc. Além disso, a fruta é diurética, ou seja, dá uma "forcinha" na eliminação de líquidos retidos (com o calor que tem feito aqui no RS, muitas pessoas, especialmente as mulheres, acabam "inchando"), e possui bromelina, uma enzima que auxilia no processo de digestão. Aliado a um plano alimentar equilibrado, pode ajudar também no emagrecimento.

Basicamente é isso, portanto, podemos aproveitar o abacaxi por completo: comer a fruta e depois preparar o chá. Só não esqueça de beber o chá e revezar com água "pura" também, ok? :-)

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Sono, Hipertrofia e Emagrecimento: Tudo a ver!


Sempre ouvimos por aí que é importante ter uma boa noite de sono. Por quê? Será apenas para acordarmos mais dispostos na manhã seguinte? Com certeza isso também, afinal são poucas as pessoas que dormem por poucas horas e possuem o mesmo rendimento no trabalho e nos estudos, e disposição para as demais atividades diárias.

Ok, mas você já parou para pensar que uma noite bem dormida pode ser fundamental para seu emagrecimento ou ganho de massa muscular? Que pode não estar obtendo resultados tão satisfatórios por isso?


Para o ganho de massa muscular é necessário o estímulo pela musculação, certo? E, claro, para um emagrecimento com qualidade, esse tipo de exercício também é excelente. Agora vamos entender que relação há com o sono.

Resumidamente: durante um treino intenso, a musculatura sofre um grande estresse, gerando microlesões. Essas microlesões são necessárias para que a massa muscular aumente, pois com essa destruição ocorre a demanda por aminoácidos (daí a necessidade de consumir proteína em quantidade um pouco maior), responsáveis pelo aumento das fibras musculares. Como resultado, você tem um músculo maior.

Só que como já sabemos, não adianta haver somente o estímulo do exercício. Esse "reparo" nos músculos e seu aumento não ocorrem durante o treino e, sim, após. Por isso, é preciso aliar a uma alimentação adequada, hidratação e ao descanso (que pode ser tanto algum dia de pausa nos treinos quanto o nosso querido sono). Lembre-se sempre desse combo!

Uma noite bem dormida (cerca de 7-8h/noite) é repositora de energia tanto física quanto mental, interferindo de maneira positiva em diversas funções do nosso organismo. E por mais que muitas pessoas saibam da importância de comer certinho e de beber bastante líquidos, é comum não imaginarem que o descanso também é essencial para se ter saúde e resultados de performance e/ou estéticos.

"Ah, mas se eu dormir mais que isso, vou ter ainda mais benefícios!". Não exatamente. Há estudos que indicam que assim como dormir pouco pode ser prejudicial para a saúde, o sono em excesso também pode, já que enfraqueceria aquela sensação de renovação e também poderia alterar nosso "relógio biológico". Faz todo o sentido! Já perceberam que às vezes quando dormimos demais, ficamos mais "cansados" e depois temos dificuldade para dormir novamente? Equilíbrio, minha gente!

E dormir pouco, o que causaria? Bom, fora a falta de energia e disposição que já falei no comecinho do post, pode haver alterações de humor e ganho de peso. Há estudos interessantes relacionando o ganho de peso aos trabalhadores noturnos, por exemplo, já que ocorrem alterações hormonais relevantes e esses indivíduos podem não reconhecer mais os sinais da saciedade. Além disso, alguns podem perceber mais estresse, sinais de envelhecimento precoce, desconfortos gástricos, etc.

O ganho de peso, nesse público, pode ser pelas alterações hormonais, que interferem na alimentação diária, pela alimantação ruim, com excesso de produtos "práticos" e industrializados (ricos em gorduras, carboidratos refinados, sódio...), ou devido a alimentação oferecida durante o turno de trabalho, que também serve para manter o funcionário acordado, como mostra um estudo realizado por Silva et al (2011) na cidade de Santa Maria (RS) com 42 enfermeiros.

Um outro estudo, realizado por Mendes e Martino (2012), também com trabalhadores da enfermagem, demonstrou praticamente os mesmos resultados (ganho de peso e desconfortos gástricos), além de outros como irritabilidade, dores de cabeça, etc. Apesar de ambos os estudos possuírem um público específico, qualquer trabalhador noturno pode ser atingido por tais situações. É preciso ficar atento!

Sono e Hormônios

Como comentei anteriormente, algumas alterações corporais e comportamentais podem ocorrer com a privação do sono, uma vez que é durante esse período que há a liberação de hormônios importantes para diversas funções do nosso organismo. Um exemplo relevante é o GH (hormônio do crescimento, do inglês “growth hormone”), que tem seu pico durante a fase anterior a do sono REM (movimento rápido dos olhos, do inglês “rapid eye movement”). Ele é responsável pelo tônus muscular, e pelo desempenho físico, evita o acúmulo de gordura, entre outras funções.

O cortisol, conhecido como "hormônio do estresse", pode apresentar-se com níveis alterados em pessoas que dormem pouco. E, como consequência, haverá o catabolismo proteico (adeus, massa muscular!). Esse hormônio ainda está associado ao aumento de gordura abdominal, que pode ser prejudicial à saúde. Socorro!

Fases do Sono
Depois de todo esse papo, agora vamos conhecer as fases do sono para ver direitinho onde certos hormônios são liberados e entender ainda mais como tudo isso funciona. Veja no esquema abaixo:


Tentei ser meio sucinta, porém, o post acabou ficando bem extenso, já que tem muitas informações relacionadas a esse tema. Então, depois de tudo isso, espero ter demonstrado o quão essencial é o sono! Você tem uma rotina bonitinha de exercícios, alimentação e hidratação (às vezes suplementação), mas achava que o descanso não era tão importante? Pois trate de rever seus conceitos e "bora" se organizar para que consiga dormir o suficiente para a sua saúde de modo geral e para os seus resultados! =)

Referências:
SILVA, Rosângela Marion da et al. Trabalho noturno e a repercussão na saúde dos enfermeiros. Esc. Anna Nery. 2011, 15(2): 270-276. (Para ler, clique aqui)

MENDES, Sandra Soares  and  MARTINO, Milva Maria Figueiredo De. Trabalho em turnos: estado geral de saúde relacionado ao sono em trabalhadores de enfermagem. Rev. esc. enferm. USP. 2012, 46(6): 1471-1476. (Para ler, clique aqui)

Instituto de Medicina & Sono (Para acessar, clique aqui)

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Conte nutrientes e não calorias!



Para muitos, pode ser um pouco trabalhoso ter uma rotina saudável, independentemente do objetivo, mas isso não é desculpa para se alimentar mal o dia todo ou viver à base de alimentos industrializados, contando calorias de tudo que ingere. Com disciplina e organização, todos podem ter uma rotina saudável.

É comum, principalmente para os que querem emagrecer, ficar contando calorias de tudo: do iogurte, do chocolate, do pão, das frutas... É tão paranoico, que há pessoas que entram em "dietas" de apenas 500 calorias por dia (exemplo) na expecativa de emagrecimento rápido. Gente, tem necessidade? Comer tão pouco, sem prazer, sem quase nada de nutrientes, andar "se arrastando" por aí sem energia para perder o que, por vezes, a pessoa levou anos para adquirir?

Eu prezo muito pela reeducação alimentar, que introduz novos alimentos, mas permite exceções em determinados momentos para comer alguma coisa "diferente". Vários pacientes/clientes se supreendem com os meus planos e comentam que emagrecem com energia e "comendo muita comida". E sabem por quê? Porque mesmo que em um plano calculado o número de calorias também importe para o nutricionista, o que vai realmente fazer diferença é a adequação dos nutrientes e os alimentos certos!

Uma coisa que escuto bastante é "pão engorda?", "mas abacate não é calórico?", "as barrinhas de cereais são boas, pois não tem muitas calorias, né?", "refri zero é melhor que suco natural porque não tem nada de calorias?", etc.

Vamos por partes: qualquer alimento só vai te engordar se for consumido em uma quantidade acima do que seria recomendado para você. E isso depende de cada organismo. O que é muito para você, pode não ser para o seu amigo. Já sobre o abacate, realmente ele é um pouco calórico, no entanto, apresenta inúmeros beneficios e nutrientes que se for inserido na alimentação de maneira certa, não vai engordar, pelo contrário, pode até ajudar a emagrecer. Sobre as barras de cereais (aqui há dicas para ajudar na escolha de uma barra boa), mesmo que haja algumas opções bacanas hoje em dia, é muito difícil encontrar uma com uma excelente composição nutricional (rica em fibras, boa quantidade de proteínas, etc). Por isso, até pode ser encaixada na alimentação, mas não deve ser a única opção de lanchinho, por exemplo. Até porque existem opções bem melhores!

Por fim, sobre o refrigerante: a versão normal é puro açúcar e o zero é puro adoçante (sem falar que ambos são ricos em aromatizantes, conservantes e todos os "antes"...). Assim como o açúcar tem seus malefícios, alguns tipos de adoçantes também têm. Não é porque é adoçante, que é 100% saudável ou 100% seguro. Mesmo os considerados mais seguros, é bom não exagerar. Sem falar que um copo de suco natural pode ter, por exemplo, 200 calorias (o que não é muito, convenhamos), além de vitaminas, minerais, fibras (se não for coado)... Não é bem melhor? E se você estiver comendo algo como um "mega hambúrguer" não são 200 calorias que vão mudar tudo, sendo que a preparação é mais calórica e rica em gordura, sódio... A mesma coisa com o refrigerante zero: tá comendo uma "bomba" e acha que o refri vai evitar o "estrago"? Pense nisso!

Então, fica a dica: não se preocupe tanto com calorias e, sim, se aquele alimento vai te nutrir, vai te trazer algum benefício. Tenha bom senso nas escolhas e encontre o equilíbrio nas quantidades, mesmo nas opções saudáveis. Assim, não é necessário viver nessa paranoia de calorias e ficar somando tudo o que come. Liberte-se dessas danadas e viva melhor! :)

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Whey Protein

Os suplementos alimentares estão na moda. Como já falei neste post aqui, infelizmente nem sempre as pessoas procuram um profissional para adequar os suplementos à rotina e acabam, por vezes, tomando de qualquer jeito, sem informações mais precisas. Isso pode não trazer benefício algum, no sentido de obtenção de resultados, ou pior, pode até fazer mal, se não for usado de forma certa.


O whey protein é, certamente, um dos suplementos mais utilizados. Mas você sabe o que é? Para que serve? Como algumas informações que são passadas por aí acabam sendo um pouco distorcidas (quando não são passadas por profissionais), o post de hoje é para falar sobre esse suplemento. Espero que todos gostem! :)

1) O que é whey protein e quais são seus tipos mais conhecidos?

Whey protein é a a proteína do soro do leite. Essa proteína é extraída durante a fabricação do queijo e possui alto valor nutricional, sendo, por exemplo, rica em aminoácidos, especialmente os de cadeia ramificada (BCAA).

Sabe aquele líquido clarinho que você encontra ao abrir um potinho de iogurte e muitas vezes joga fora? É o whey protein! Há 3 tipos de whey conhecidos no mercado que são os seguintes: concentrado, isolado e hidrolisado. Podemos encontrar também blends contendo um ou mais tipos de whey, porém, misturados a outras proteínas, como caseína, albumina, entre outras.

2) Quais as diferenças entre os 3 tipos?

Obviamente, não é tudo igual. Vejamos as diferenças entre eles:

- Whey Protein Concentrado (WPC): É o mais tradicional e um dos mais usados, assim como o isolado (ver o próximo item). De todos, é o tipo mais barato. Essa proteína passa por filtragens que não eliminam completamente a lactose e gorduras e sua estrutura se mantém intacta, o que torna o processo de digestão um pouco mais lento. Por estes motivos, algumas pessoas podem não tolerar muito bem o WPC, como intolerantes à lactose ou alérgicos à proteína do leite de vaca.

- Whey Protein Isolado (WPI): Possui quantidades reduzidas de carboidratos e de lactose, e pode ser usado por intolerantes, de acordo com a sensibilidade do indivíduo. Possui digestão e absorção ótimas por causa da filtragem que "quebra" a estrutura da proteína.

- Whey Protein Hidrolisado (WPH): Mais caro e às vezes difícil de encontrar. A proteína é quebrada em partículas menores através da hidrólise, o que torna a digestão e absorção ainda mais rápidas. A versão 100% hidrolisada é isenta de lactose, gorduras e carboidratos. Devido a isenção de lactose, normalmente é a opção dos intolerantes e também dos alérgicos à proteína do leite.

Dica: Além de lactose, é importante ficar de olho se o produto contém glúten, por exemplo, pois pode ser prejudicial aos que possuem doença celíaca.

3) Quais são os benefícios desse suplemento?

Cada vez mais estudado, o whey protein apresenta inúmeros benefícios. Veja abaixo alguns deles:

- Auxilia no aumento da massa muscular quando há o estímulo do exercício, ou seja, sozinho não fará milagre. Como sempre, a dobradinha alimentação + exercício é importante para obtenção de resultados;

- Fornece saciedade;

- Auxilia na manutenção sistema imunológico;

- Possui aminoácidos que formam a enzima glutationa, que é antioxidante, ajudando a combater infecções e inflamações;

- Apesar de muito utilizado por praticantes de exercícios físicos e atletas, o whey não tem essa exclusividade. Também pode ser utilizado no manejo de diversas situações, tais como queimaduras, pós-operatório de cirurgia bariátrica ou plástica, etc.

- Auxilia no emagrecimento e na redução do percentual de gordura quando bem utilizados. É importante salientar que o whey é insulinotrópico, ou seja, estimula a insulina, que é um hormônio que estimula a lipogênese (produção de gordura). Por isso falo "quando bem utilizados".

Esses são os principais benefícios, mas, claro, existem outros e podem aparecer mais, devido aos estudos frequentes envolvendo essa proteína.

Percebe-se que o whey pode ser utilizado tanto para o aumento de massa muscular (hipertrofia) quanto emagrecimento/redução de percentual de gordura. São utilizadas estratégias diferentes, muitas vezes doses e horários diferentes também, portanto, não existe isso de "whey engorda", "whey emagrece". Whey SUPLEMENTA. O que vai determinar o sucesso dos seus resultados é a estratégia certa e, acima de tudo, a sua alimentação, aliada aos exercícios, já que de nada adianta "encher a boca" para dizer que toma whey, andar com a coqueteleira para lá e para cá, se a sua alimentação não é saudável e adequada aos seus objetivos.

4) Qual whey é melhor?

Analisando as características dos três tipos, o que acaba tendo maior custo/benefício é o isolado, já que apresenta menor teor de lactose, gorduras e carboidrados. Se for necessário ingerir esses macronutrientes com o whey (gorduras e "carbos"), outras fontes podem ser acrescentadas isoladamente. Porém, isso não significa que os outros não possam ser usados ou que não vão fazer efeito. Por isso, o ideal é conversar com um nutricionista para verificar se você precisa e qual tipo usar.

5) Os importados são melhores?

Nem sempre. Como eu já falei em posts anteriores do blog, é necessário ver o rótulo do produto e ler a composição do mesmo, além das informações nutricionais. Há casos em que você compra um whey "mega famoso" e isolado, já que leu no fórum de musculação que é melhor o da marca tal isolado ou o amigo da academia tomou e "teve ótimos resultados" e nem se deu o trabalho de dar uma olhada na embalagem. Aí quando vai ver mais tarde, percebe que o produto não é 100% isolado e você muitas vezes pagou uma fortuna por ele.

Novamente, o ideal é procurar um profissional para saber esses "detalhes". O vendedor da loja de suplementos vai vir com um discurso enorme para te convencer que determinado produto é o melhor, vai te recomendar inclusive doses (!!!), mas baseado no quê? Na dose que vem na embalagem do produto? Nos textos com depoimentos de usuários que circulam pela internet? Ele tem estudo para isso? Se atualiza constantemente? Não caia nessa! Procure informações baseadas em evidências e, principalmente, vindas de quem estudou para isso.

Além disso, recentemente tivemos uma polêmica envolvendo whey protein, que pode ser facilmente encontrada no Youtube como "o lado obscuro da suplementação". Para quem não sabe, diversas marcas de proteína foram analisadas em laboratório e várias apresentaram resultados insatisfatórios.

Algumas marcas diziam no rótulo que possuiam determinadas quantidades de proteína (altas) e de carboidratos (baixas) e nos resultados apareceu maior quantidade de carboidratos  e menor quantidade  de proteínas do que o citado. Em muitos laudos, o teor de carboidratos era muito superior ao de proteína. Triste, né? Você quer comprar um suplemento proteico para auxiliar a alimentação, paga caro (porque a maioria é caro mesmo, infelizmente) e descobre que estava tomando "farinha".

Depois disso, várias pessoas ficaram desconfiadas com suplementação. E com razão. No entanto, como não temos como saber se todas as proteínas são realmente confiáveis (nacionais ou importadas), se for comprar, tente escolher das marcas que foram aprovadas, que é o que muitos colegas nutricionistas têm feito com seus pacientes.

6) Qual a dose ideal?

É possível utilizar pré e/ou pós-treino ou em outros horários ao longo do dia, de acordo com seus objetivos (emagrecimento, redução de percentual de gordura, hipertrofia...) e da estratégia adotada pelo profissional.

Quanto à dose, nos congressos e cursos aos quais vou, os artigos discutidos têm sugerido algumas quantidades, que o nutricionista vai adequar ao restante de proteínas e outros macronutrientes da sua dieta. Diante disso, é fundamental seguir a quantidade recomendada para você. Se utilizar mais, não vai ter "benefícios extras".

7) Qualquer um pode tomar whey?

O nutricionista vai avaliar todo o histório do paciente e familiar. Se houver histórico de problemas hepáticos ou renais, por exemplo, o produto pode não ser recomendado. Outro exemplo é para quem é sedentário. Muitos prescrevem, enquanto outros preferem apenas para praticantes de exercícios ou nos casos de enfermidades, como citado mais acima.

Era isso, gente. Tem bastante informação sobre whey e mesmo tentando resumir, ficou um texto longo, mas se alguém tiver dúvidas, pode mandar nos comentários ou por e-mail (página de Contato).

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Chás


Oi, pessoal! Feliz ano novo! Como foram de festas de fim de ano? Comigo foi tudo bem e já estou renovada para tudo que está por vir em 2014.

Bom, quem exagerou um pouquinho (ou muito) nas festas agora deve estar a fim de aliviar os efeitos da "comilança". O que está feito, está feito, portanto, não dá para querer estratégias milagrosas. Mas dá para ter uma alimentação mais leve durante o dia, com tudo aquilo que a gente já sabe e vê aqui: com frutas, saladas, alimentos integrais, com gorduras "boas", etc. Além disso, a boa e velha água deve fazer parte sempre e ainda mais nessa fase de "faxina". Aqui tem o post sobre água, caso você não tenha visto.

E algo que também pode ajudar bastante não só agora são os chás. Uns adoram, outros odeiam... E hoje vou falar um pouco sobre alguns chás com propriedades "desintoxicantes", "emagrecedoras" e diuréticas, dando algumas sugestões de ervas.

Lembre-se que os chás não farão nada sozinhos. Eles dão uma força, porém, é necessário aliar a uma alimentação equilibrada e, se possível, exercícios físicos.

1) Chás "Desintoxicantes"
Caso vá seguir uma sequência, o ideal é começar pelos chás desintoxicantes, que captam e eliminam pela urina as toxinas que sobram de processos metabólicos e, em excesso, atrapalham o bom funcionamento do sistema linfático, por exemplo. Para exercerem seu efeito, a dose ideal é de 3-5 xícaras por dia (em geral, viu? Converse com um nutricionista!). Se beber uma xícara meia hora antes das principais refeições (café da manhã, almoço e jantar), além do efeito terapêutico, o chá ajuda na saciedade, fazendo com que se satisfaça com menos comida.

Opções: Salsaparrilha (Smilax sp), dente-de-leão (Taraxacum officinale), capim-limão (Cymbopagon citratus), alecrim (Rosmarinus officinalis), bardana (Arctium lappa), camomila (Matricaria recotita), centelha (Centella asiatica),  erva-doce (Pimpinella anisum), sálvia (Salvia officinalis), hortelã (Mentha piperita) e espinheira-santa (Maytenus ilicifolia).

2) Chás "emagrecedores"
São aqueles que ajudam o metabolismo a trabalhar mais rápido, ou seja, aumentam a queima de calorias e, por isso, ajudam na queima de gordura.

Opções: Chás verde, branco e vermelho (Camellia sinensis), casca de laranja amarga (Citrus aurantium), fucus (Fucus vesiculosus), hibisco (Hibiscus sabdariffa), gengibre (Zingiber officinale) e guaçatonga (Casearia sylvestris)

3) Chás diuréticos
Favorecem o trabalho renal, facilitando a eliminação de toxinas pela urina. Por isso, combatem a retenção hídrica. Ótimos para quem tem TPM do tipo H (veja aqui!) e para "atacar" a celulite (aqui).

Opções: Alfafa (Medicago sativa), cavalinha (Equisetum arvense), hamamélis (Hamamelis virginiana), castanha-da-Índia (Aesculus hippocastanum) e sete sangrias (Cuphea balsamona).

Como fazer
Para obter os benefícios dos chás e deixá-los mais gostosos, é preciso fazê-los da maneira certa. O ideal é comprar a erva mesmo e não utilizar os chás em sachês. Porém, existem marcas com sachês de boa qualidade, logo, às vezes esses também podem ser utilizados.

Você pode misturar as ervas de qualquer um dos chás para potencializar os efeitos ou melhorar o sabor. Uma sugestão é misturar uma para cada objetivo (totalizando 3 ervas), mas dá para misturar 3 desintoxicantes ou emagrecedoras ou ainda diuréticas. A dose de 3-5 xícaras por dia serve para todos eles e não só para os desintoxicantes.

Para preparar, coloque 1 colher (sopa) das ervas escolhidas em um recipiente de vidro ou porcelana. É comum algumas pessoas prepararem chás em objetos de inox ou alumínio, no entanto, estes podem interferir negativamente nos efeitos da bebida. Em uma panela, coloque 1 litro de água e leve ao fogo até começar a ferver. Desligue o fogo e coloque sobre as ervas. Deixar em infusão por cerca de 10-15 minutos e depois coe. Podem ser bebidos quentes ou frios.

Seria interessante preparar a quantidade que você vai beber no dia, pois alguns chás podem perder as propriedades quando guardadas de um dia para o outro. Sem falar que o sabor às vezes não é o mesmo. Beba a mesma combinação por cerca de 10 dias e depois monte outras para continuar percebendo os efeitos.

Outra dica: alguns chás costumam ser mais amargos e, mesmo assim, recomenda-se que não sejam adoçados para não perderem o efeito por causa do açúcar. Se ficar muito difícil de tolerar, prefira adoçar com algumas gotinhas de adoçante à base de Stévia.