De uns tempos para cá, a batata-doce ganhou uma fama imensa: volta e meia podemos encontrar alguma informação por aí atribuindo a esse tubérculo o "poder" de aumentar a massa muscular e emagrecer. Também é bem comentada por apresentar baixo índice glicêmico (leia aqui sobre isso).
Em primeiro lugar, é essencial esclarecer que NÃO existe nenhum alimento que por si só aumente massa muscular ou emagreça. Pode até ajudar por alguma propriedade que aquele alimento contenha, mas o sucesso vai depender de uma série de fatores, como total de calorias consumidas ao longo do dia, ajuste correto dos macro e micronutrientes, exercício físico, entre outros. É aquela coisa: não adianta comer batata-doce "pra ficar forte" e ao mesmo tempo comer também muitas frituras, doces, usar suplementos de forma inadequada e por aí vai.
Em primeiro lugar, é essencial esclarecer que NÃO existe nenhum alimento que por si só aumente massa muscular ou emagreça. Pode até ajudar por alguma propriedade que aquele alimento contenha, mas o sucesso vai depender de uma série de fatores, como total de calorias consumidas ao longo do dia, ajuste correto dos macro e micronutrientes, exercício físico, entre outros. É aquela coisa: não adianta comer batata-doce "pra ficar forte" e ao mesmo tempo comer também muitas frituras, doces, usar suplementos de forma inadequada e por aí vai.
No meu ponto de vista, duas das vantagens da batata-doce são as fibras e a versatilidade. As fibras, como já falei em vários posts, colaboram para maior saciedade, para o funcionamento intestinal e para a manutenção da glicemia. Em relação à versatilidade, seu consumo é interessante, pois ela pode ser usada tanto em "grandes" refeições, como café, almoço e jantar, como em refeições intermediárias (lanches) e também em preparações doces ou salgadas (panquecas, pastéis assados, "coxinhas"...). Sei que tem gente que comeria uma porção de arroz integral "de boas" no meio da tarde, mas a maior parte das pessoas acharia estranho. Neste caso, a batata-doce poderia ser uma opção.
Também podem ser destacados os nutrientes que a batata-doce contém. Dos três macronutrientes, ela é uma fonte maior de carboidratos. Por isso, pode ser uma opção bacana no "pré-treino", por exemplo, para fornecer energia para o exercício físico. Lembrando que não é a única fonte de carboidratos do universo! Dependendo do plano alimentar e do objetivo, poderia, tranquilamente, ser incluída outra opção (arroz integral, aveia, mandioca/aipim, inhame, cará, frutas etc). Além disso, a batata-doce contém vitaminas e minerais (micronutrientes) importantes. Na figura abaixo, você pode conferir a informação nutricional.
Com base no comparativo da imagem, vale evidenciar as quantidades de cálcio, magnésio e vitamina C. Ok, não são realmente graaandes quantidades, mas os dois primeiros nutrientes são importantes para a saúde óssea e para a contração muscular, por exemplo. Sem cálcio e magnésio suficientes, a contração durante o exercício é prejudicada e se você busca aumento de massa magra, este detalhe deve ser pensado. É claro que só comendo batata-doce não atingimos as quantidades necessárias desses minerais, no entanto, seu consumo aliado a outros alimentos pode ser interessante como "complemento".
A vitamina C, por sua vez, é indispensável para a imunidade e a cicatrização. Segundo as Recommended Dietary Allowance (RDA), a quantidade recomendada para homens é de 90 mg e para as mulheres é de 75 mg. Quantidade mais fácil de ser atingida, complementando com outros alimentos, como frutas cítricas, algumas verduras e legumes. Legal, né?
Resumo de tudo: A batata-doce é nutritiva e seu uso é super válido na alimentação. Porém, não precisa ser somente ela! Como citei mais acima, existem outras fontes de carboidratos e inclusive a batata-inglesa pode ser usada! Não tem essa de uma ser mocinha e a outra vilã. Tudo depende do contexto geral da alimentação, ok?
Na minha página do Facebook (clique aqui), você pode encontrar algumas receitas recentes com batata-doce. Aproveite! :)
Referência:
Referência:
TACO. Tabela
Brasileira de Composição de Alimentos. 4ed. revisada e ampliada. Campinas, SP:
UNICAMP, 2011. Disponível em: http://goo.gl/8O6hWi.
Acesso em 07 de Agosto de 2016.
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